Uma atleta excepcional. Foi assim que Bernardinho, técnico do Rio de Janeiro, definiu a performance de Sheilla, uma das melhores – talvez a melhor – jogadoras em quadra hoje no clássico Unilever/Rio de Janeiro x Sollys/Osasco pela final da Superliga Feminina de Vôlei. Destaque também para a ponteira Mari, que jogou bem, mesmo voltando às quadras depois de uma delicada cirurgia no joelho. Justo mesmo seria destacar o time inteiro, que jogou demais, numa sintonia digna de seleção brasileira. No entanto, nunca poderia deixar de destacar as duas moças, né?
Não vou esconder que torci para o Osasco ter jogado bem melhor, para equilibrar a partida de verdade, mas a superioridade do time carioca era clara. Apesar dos placares dos dois primeiros sets (25/23, 30/28 e 25 para o Rio de Janeiro) darem a entender que o jogo seria bastante equilibrado, e que seria decidido num emocionante quinto set, qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico via que as cariocas eram superiores em tudo. Puderam também contar com a confiança, coisa que parecia ter faltado ao time adversário. Nunca esperei ver um Osasco se entregar tão facilmente. A experiente Sassá foi a melhor jogadora do time paulista. Jaqueline, também se recuperando de uma cirurgia no joelho, não entrou no jogo de verdade. Jogou mal. Natália, bem marcada, também deixou a desejar para quem esperava dela um performance digna da que apresentou no clássico do ano passado. Restou então ao Rio deitar e rolar no terceiro set, ofuscando por completo o time paulista.
Sem preferência por qualquer dos dois times, e torcendo mais pelo espetáculo de presenciar essas grandes jogadores em quadra, não dá para esconder que o Univeler/Rio de Janeiro mereceu o heptacampeonato. Vitória super merecida.
Parciais do jogo: 25/23, 30/28 e 25/19. (3 sets 0 – Unilever/Rio de Janeiro) Local: Ginásio do Mineirinho (MG)