A escritora Susan Sontag fotografada pela companheira Annie Leibovitz
Foi ela quem fotografou John Lennon envolto em Yoko Ono. Foi ela, também, que colocou a atriz Demi Moore grávida, com um barrigão, na capa da Vanity Fair. Por quatro décadas, a fotógrafa Annie Leibovitz clicou famosos em todas as áreas: da roqueira Patti Smith ao ator Jack Nichoson.
Claro que não faltou filme fotográfico para retratar sua companheira durante 15 anos, a escritora Susan Sontag.
Ela foi descobrir parte do vasto acervo que compõe a exposição “Annie Leibovitz: vida de uma fotógrafa – 1990-2005” depois que Susan morreu, vítima de câncer. Seis semanas após, Leibovitz perdeu o pai. Foi então que ela mergulhou em uma procura de imagens.
O resultado, exibido agora na Espanha, revela momentos de intimidade da fotógrafa. Há uma foto dela nua grávida de sua primeira filha. Há registros das sucessivas internações de Sontag, que lutava contra um câncer, e até o momento de sua morte.
“Depois de Susan morreu, eu falava com o seu filho David [Rieff, jornalista e escritor]. Uma das primeiras utilizações da fotografia era o retrato do morto para ter sua memória. Discuti com David e disse-me que era algo que tinha de fazer. Ele me deu a sua autorização, de alguma forma. Mas naquela sala, era como se Susan não estivesse lá. Seu corpo era como um artefato. Houve o corpo, mas ela não foi. E eu estava melhor no papel de uma fotógrafa”, disse ao “El País”
Ao mesmo em tempo que procurava as imagens para a exposição, Leibovitz chorava copiosamente, tentando superar a dor. “As imagens de Susan me ajudaram a superar a sua morte. Fiquei feliz de reviver todos aqueles sentimentos e perceber tudo o que ela tinha recebido de minha família, meus pais, minhas filhas. (…) Há muito amor no presente trabalho. Para mim são como uma prova de que eles me deram”, diz.
Leia a reportagem completa, em espanhol, no “El País”
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