Enquanto o mundo comenta a lista de indicações ao Oscar, me deparei hoje com duas produções bem “lado b” com temática lésbica, longe do apreço de Hollywood. A primeira é o curta-metragem Sara, que se centra na relação de um casal de namoradas depois que uma delas descobre que é HIV positivo. O curta me chamou atenção por causa do tema pouco abordado quando envolve homossexuais femininos.
Existe uma versão do curta com mais de 25 minutos, mas é preciso pagar alguns dólares + taxas para tê-lo.
A segunda produção, com um toque autobiográfico, se chama Pariah e tem conquistado o público em Sundance. Trata-se da história de uma adolescente lésbica negra, presa entre o rótulo de “butch” e “feminina”. À noite, ela curte a balada de camiseta polo, boné e escancara o lado “masculino”. Quando volta para casa, porém, ela tem que abrir mão do que realmente é, apelando a brincos e maquiagem para agradar a família conservadora.
Pariah foi concebido em 2006 como um curta-metragem e desde então emplacou em diversos festivais alternativos. É dirigido pela estreante Dee Rees, que após levantar uma grana na Internet, conseguiu transformá-lo em longa-metragem e ver sua cria selecionada para o Festival de Sundance 2011.