Sabe aquela sensação de que já viu algo assim antes? O programa pode até ser vendido como real, mas fica difícil, com um nome desse e tanta espontaneidade diante das câmeras, não se perguntar até onde o tal real e a ficção não se misturam por aqui. Não só o nome remete à série de maior sucesso entre o público lésbico dos últimos tempos. Por trás dela, há uma mãozinha mágica queer conhecida pelo nome de Ilene Chaiken, a mulher por trás do sucesso e críticas de The L Word. Na edição da versão reality, aparece nos créditos o nome da brasileira Fernanda Cardoso, diretora do já comentado e aguardado “Bloomington”, e que também já colaborou horrores em produções anteriores de Ilene.
The Real L Word fala de lésbicas. Só que não necessariamente de um grupo de amigas lésbicas, como em The L Word. Algumas delas se cruzarão no primeiro episódio, outros poderão se cruzar até o final da temporada. A série foi planejada para agradar a quase todas as biscoitas: temos a latina, a pegadora, o casal de mulheres apaixonadas e felizes da vida, a ex-pegadora que tenta se comportar bem no novo mundo das lésbicas compromissadas. Há também as super femininas e outras que confessam não ligar muito para make-up e aparatos. Um verdadeiro BBB de lésbicas. Faltou somente a afro-americana.
Na ausência do casal Tibette & Cia, The Real L Word pode ser sua alternativa para acompanhar o mundo das lésbicas “reais”. Mas não estranhem se até o final do programa elas estiverem cantarolando um: “talking, laughing, loving, breathing, fighting, fucking, crying, drinking, riding, winning, losing, cheating, kissing, thinking, dreaming”.