Não, não é uma intrusa: sou eu mesma voltando para dar o ar da graça, chicas! Longas e intermináveis semanas envolvidas com trabalho, obras de apartamento novo e um danado de um carnaval bem no meio de tudo isso, só restou mesmo me ausentar por algum tempo. Mas tô por aqui ainda, viu?
E o Oscar 2012, hein? Meryl Streep mereceu ou não? Pra mim, esta digníssima senhora demorou e muito pra levar outra estatueta. E eu estou sempre do lado dela, aviso logo!
Semana passada estava vendo o filme Annie Leibovitz – a vida através das lentes (2007) e lá estava ela, a Meryl, onipresente com seus 30 e poucos anos de idade, também sendo capturada pelas câmeras de uma das fotógrafas mais faladas das últimas décadas. Vale a conferida no filme, por sinal, que mostra um pouco do processo criativo de Annie, sua obsessão pela fotografia, além de tocar no relacionamento dela com a grande ensaísta e ativista Susan Sontag.
A obsessão de Leibovitz em ver o mundo por meio de sua câmera não foi esquecida nem nos últimos momentos de vida de sua ex-mulher, que morreu de leucemia. Poucas horas antes de Sontag falecer, lá estava ela registrando as últimas imagens da escritora, já praticamente irreconhecível numa cama de hospital. Em uma das cenas mais tristes do filme, Leibovitz se emociona ao falar da ex-companheira, deixando-nos com a certeza de que o que elas sentiam uma pela outra era nada mais que amor – e daqueles bem verdadeiros.