Desde o final casal Pepa e Silvia que a Espanha não mexia comigo. Até que uma certa série espanhola chamada Tierra de Lobos, com pinta de “coisa de macho” (assim como Los Hombres de Paco insinuava ser), bateu legal. Sí, cariño, mi obsesión por España volvió. Y volvió muy fuerte. Imagina só uma série de época, passada no século XIX, com um bando de seres másculos montados num cavalo, cheirando a suor e brigando uns com os outros? Não curtiu? Calma que você ainda vai curtir muito essa série no face.
Tudo começa com a chegada dos irmãos Bravo a sua terra natal, um pequeno povoado espanhol. Parece que os rapazes são foragidos da polícia, da justiça, ou qualquer coisa semelhante, e dão de cara com o senhor carrancudo meio, chato, autoritário, que manda em quase tudo por ali. O coroa é viúvo e pai de quatro garotas, uma delas biscoita e guapisíma! Isabel é seu nome. Desde niña, Isabel é o que se costuma chamar de “a rebelde da família”. Há quem diga que a moça é o filho que o papai nunca teve. Curte armas, domina um cavalo mais lindamente que Athina Onassis, se mete nos labores masculinos da fazenda e manda às favas as caretices da época. Não curte muito uma maquiagem, não se preocupa muito com a beleza (e precisa?) e tem algumas crises depressivas, chegando, inclusive, a tentar o suicídio. Como naquela época ninguém devia pagar terapeuta para falar de suas angústias, nem havia chat lésbico para conhecer pessoas “diferentes”, a moça demorou para entender o que se passava na sua cabeça. Apelou à ala masculina, arriscando-se nos braços de algum rapaz hermoso. Mas ainda faltava alguma coisa. Seu negócio era outro. E essa descoberta nós vamos acompanhando no decorrer da temporada, porque inicialmente Isabel vai negar até a morte que curte garotas. Cuestión de tiempo.
Isabel tem três irmãs: Almudena, a “matriarca” da família; Nieves, a mais afoita, a mais ousada e a mais egoísta de todas; e por último Rosa, a caçula. É deficiente visual e a queridinha do papai. Chorou, papai aparece para acudir a garota. Por isso, as irmãs cuidam bem da pequena e sempre apelam à pirralha quando querem convencer o tenentão de algo.
Confesso que não acompanho os capítulos inteiros, por isso não sei os pormenores da trama. Meu interesse tem um foco especial (Isabel) e acho que vocês vão entender o motivo da obsessão depois que olharem as cenas de Isabel, interpretada pela catalã Adriana Torrebejano, de apenas 19 aninhos. Adriana é linda de morrer e sua personagem nos proporciona fortes emoções e muitas cenas tórridas ao lado de Cristina, uma bela prostituta do pueblo.
Isabel a conhece por acaso, quando sua irmã caçula se perde no meio de uma confusão e muita cacetada envolvendo moradores e militares. Desesperadas, as irmãs precisam escapar de serem presas e necessitam encontrar Rosa o mais rápido possível. Na correria, Isabel termina entrando num bordel e lá vê pela primeira vez a prostituta Cristina. A moça está, tipo assim, como veio ao mundo, refrescando-se num belo banho de meio de tarde. Como Isabel não consegue se mover tamanha a beleza diante de seus olhos, Cristina termina percebendo a presença da mulher.
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