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Buffy – 20 anos

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Who run the world? Tara, Willow, Buffy, Anya e Dawn

Neste 10 de março de 2017 lá se vão 20 anos desde que Joss Whedon colocou na TV uma série icônica para a comunidade nerd (e pouco depois também para a comunidade LGBTQ). Em tributo aos grandes momentos de quatro das (várias) mulheres que eu mais amei nessa série, aqui dois vídeos para lembrar grandes momentos de dois casais incríveis: Buffy e Faith (it’s my blog e eu invento casais if I want to) e, claro, Willow e Tara, aquelas que deram O PRIMEIRO BEIJO LÉSBICO DA TV ABERTA NORTE-AMERICANA.

 

Sdds Sunnydale.

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Minha. Deusa. O. Que. Foi. Esse. Último. Episódio. De. Supergirl?

Melhor. Momento. Da. Série.

Estou. Lívida. Pasma. Extasiada.

Desculpem, eu precisava abrir assim dramaticamente porque: finalmente fizeram um procedimento de primeiros socorros em Supergirl e conseguiram, ao menos por um episódio, resgatar tudo que ela tem de bom, o que pode ser resumido em: MULHERES NO COMANDO. E mulheres amando mulheres e ajudando mulheres e fortalecendo mulheres. Porque, afinal de contas, WHO RUN THE WORLD?

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Não chora Alex, a gente ainda pode ganhar mais tempo de cena daqui pro fim da temporada…

Agora que a poeira do episódio baixou, vamos aos comentários sobre o subtexto do último episódio de Supergirl, série que, a partir de agora, estou renomeando para: The Alex Danvers Show, ou ainda Alex Danvers Dona do Meu Coração, não decidi ainda.

Enfim, resumindo o episódio em curtas linhas, o que os roteiristas da série fizeram foi: transformaram Mon-El no único personagem inteligente da trama, fazendo com que todxs xs outrxs personagens da série Kara, Alex, J’onn, Winn, Maggie e Eliza se parecessem com pessoas bobas e burras. Eu até entendo porque num primeiro momento (mas só num primeiro momento) Kara, Alex e talvez Eliza não questionariam esse súbito retorno de Jeremiah (pai biológico de Alex, pai adotivo de Kara e marido de Eliza) sem fazer algumas perguntas básicas a ele depois do cara ter passado mais de uma década trabalhando, ainda que forçadamente, para o inimigo número 1 da nação: a organização Cadmus. Mas daí a me fazer acreditar que J’onn, Winn e Maggie “eu sou uma detetive, eu detecto” Sawyer não fossem as pessoas que ficariam ao menos intrigadas com o retorno de Jeremiah, é pedir demais. Mas não… a equipe de roteiristas quer me fazer crer que Mon-El é o único, ÚNICO, ser pensante da série.

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Vamos jogar o jogo da honestidade? Pois bem: é claro que comecei a assistir a Supergirl nessa sua segunda temporada porque havia um potencial casal lésbico em vista, com uma interessante e saudável história de saída de armário em idade adulta de uma das personagens centrais, a irmã da própria heroína-título. Sempre tendo em mente a que público se destina essa série – majoritariamente adolescente – o processo de ‘coming out’ de Alex Danvers tem sido uma das melhores surpresas da TV aberta norte-americana este ano. A evolução da personagem em sua particular jornada de autodescobrimento rendeu sequências bastante significativas para a comunidade LGBTQ. Tendo isso dito, me animou naquele momento inicial que uma série sobre super-heróis fosse centrada em uma mulher – ainda que branca e loira e, portanto, respondendo a vários padrões normativos – e sua relação poderosa com a irmã, Alex.

Busquei então imagens e sequências da primeira temporada, pesquisei sobre as personagens e encontrei uma série bem dedicada a quebrar com a régua paternalista com que 99% das séries com super-heróis são construídas. Mas eis que… chegamos na metade da segunda temporada de Supergirl e tal não é minha decepção – acompanhada de um enorme cansaço e uma sensação de déjà vu – em ver que, mais uma vez, os roteiristas decidiram estragar tudo tirando Kara/Supergirl do centro da ação e transformando a personagem num acessório romântico para um personagem que, no último episódio, chegou mesmo a falar a seguinte frase: “saudades do tempo em que eu podia objetificar as mulheres sem que isso fosse um problema”. Eu poderia encerrar meu argumento aqui, mas vamos a algo que tem sido uma ferramenta valiosa – ainda que longe de ideal – para medir o quão machista e heteronormativa pode se tornar uma série supostamente “feminista” como Supergirl: os números. Portanto, antes que eu comente sobre todas as coisas maravilhosas – e algumas de quebrar o coração – que aconteceram entre Alex Danvers e sua namorada Maggie Sawyer nessa última semana, vamos a esses números.

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Muitas, muitas emoções, então respira, joga o tapetinho de yoga no chão (piada-spoiler, entendedoras entenderão) e concentra na missão, porque esse último episódio de Supergirl teve Maggie sendo apresentada oficialmente como a namorada de Alex para toda a ‘gangue’, incluindo aí o melhor marciano que você respeita: J’onn J’onzz, também conhecido como a figura paterna intergaláctica para Alex e Kara E teve Lena Luthor, aquela gostosa, jogando charme pra Kara, mas também teve Kara confessando que tá á-pê-xis por Mon-El, o personagem mais insosso do Oeste.

Vamos ao recap + melhores momentos do episódio + alguns detalhes de cena que vocês possivelmente deixaram escapar mas eu estou aqui para ajudar as amigas.

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Senta que lá vem desabafo. Porque it’s my blog e eu desabafo if I want to. Duas coisas importantes sobre o último episódio de Supergirl, série que estamos agora comentando por motivos de: melhor casal sapatão da TV aberta no momento (e talvez, mas isso depende do futuro delas, em todos os momentos):

Alex Danvers + Maggie Sawyer = Sanvers =

Mas enfim, antes de elencar meus melhores momentos do episódio, o primeiro comentário sobre as “crônicas marcianas” é:

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Pelas minhas contas, já se passaram várias semanas desde que Alex Danvers e Maggie Sawyer começaram a namorar em uma série de super-herói na TV aberta. E somente o fato de ambas estarem vivas e felizes e fazendo piadas do tipo “na minha casa ou na sua?” é prova suficiente pra vocês chamarem a equipe do Guinness Book: um recorde está sendo quebrado! Isso pra dizer que, sim, sei que as interações entre Alex e Maggie foram menores neste episódio que nos episódios passados, mas é absolutamente natural que isso aconteça, afinal de contas, a série em questão AINDA se chama Supergirl, e não Sanvers.

Tendo isso dito, aqui vai um top 5 dos melhores e piores momentos do episódio 2×10 Supergirl: We Can Be Heroes (com direito a possíveis #spoilers do episódio 2×11 no fim do texto).

Antes, um resumo breve do que se passou nesse episódio: Livewire, uma das principais vilãs da primeira temporada, saiu da prisão e Kara/Supergirl está indócil porque sua nêmesis está solta no mundo. Em linhas breves, o que acontece é que os machos metidos a heróis na série – James/Guardian, Mon-El e Winn – acham em algum momento que conseguem dar conta de pegar Livewire sozinhos, quando, claro, apenas Supergirl será capaz de encarar esse problema.

Vamos então aos Melhores Momentos desse episódio:

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Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder o que não dá mais pra ocultar e eu não posso mais calar, porque o brilho desse olhar:

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E desse olhar:

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Me pegaram de jeito. E agora estou shipando, chorando, sofrendo, gostando, adorando, gritando feito uma fandom alucinada.

Sim, precisamos falar sobre #Sanvers, sobre Supergirl e sobre como do ano passado para cá fui surpreendida com uma série de TV sobre super-heróis que, ora ora ora, não era sobre homens fazendo homices e sendo filmados como os redentores e salvadores da pátria e da propriedade privada. De repente, cai a ficha que eu não estava vendo uma série sobre mais um super-herói e seus amigos e rivais que juntos, faziam parte do mesmo circuito de brodagem. E estranhamente também não era uma série apenas sobre essa menina branca e loira sendo a super-heroína sexy que todos esperam que uma mulher com roupa colada no corpo seja (ainda que os #whitepeopleproblems* estejam lá…), mas era na verdade sobre duas irmãs e essa relação forte que somente elas, em códigos internos, estabelecem para criar uma certa força de resistência. Ok, os bandidos de sempre sobrevivem, mas há novos bandidos, aqueles da era da extrema direita, dos crimes de ódio (racismo, xenofobia…), dos tempos Trump (ou para falarmos de algo mais próximo, dos tempos em que o verbo Temer virou nome de presidente).

Mas para muito além dessa irmandade entre Supergirl (Melissa Benoist), a menina que veio de outro planeta, e sua irmã terrestre Alex Danvers (Chyler Leigh), eis que, para a minha total surpresa, essa série chegou chegando em sua segunda temporada com algo que foge TOTALMENTE da curva de 10 entre cada 10 séries da TV aberta norte-americana dedicada ao público adolescente. E falo isso com a propriedade de alguém que assiste a seriados gringos desde os anos 90 (been there done that). Alex Danvers se deu conta nesta temporada que é: a) bissexual? b) bi-curious? c) katy perry com aquela música estúpida? Nenhuma das alternativas anteriores, quando Alex viu pela primeira vez essa paisagem:

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Olar. Prazer, Maggie Sawyer, também conhecida como a mulher dos seus sonhos.

A única opção possível era d) sa-pa-tião, lésbica, fancha, bolacha, biscoita, o que melhor lhe convir. E a personagem, com quase 30 anos de idade, começou a rever toda sua vida até então. E a minha missão na Terra (sendo a Terra este texto) é provar cientificamente por que essa história de Alex é diferente de tudo que eu já vi nessas minhas décadas de frustração diante da representação lésbica na TV. Vamos às evidências:

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Para Vange, com amor

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Lá no meio dos anos 90, quando não havia redes sociais e essa vida toda universalmente compartilhada que vivemos hoje, eu tinha uma só fonte de informação e referência sobre tudo que dizia respeito à minha identidade lésbica. Essa fonte se chamava Cio, um blog dentro do Mixbrasil, escrito pela Vange Leonel e sua mulher Cilmara Bedaque. Eram textos incríveis, divertidos, politizados, enfim, eu entrava todo dia ali esperando um post novo. Era alguém me dizendo que não apenas estava tudo bem, como estava tudo verdadeiramente fantástico. Que nós, mulheres, éramos muito incríveis.

O tempo passou. Quis que eu viesse morar em São Paulo. Isso aconteceu duas décadas depois de ter Vange Leonel como referência distante pra um bocado de coisa, incluindo aí conselhos sentimentais. Eis então que, graças a vários interesses e visões políticas em comum, nos tornássemos “colegas de Twitter”. Daí pra que eu me encontrasse pessoalmente com ela e Cilmara, hoje uma amiga, foi um pulo. E eu que já era fã, virei mais fã ainda.

E aí vem a notícia hoje que Vange se foi.

Lembro agora das cervejas, das fofocas, das opiniões sempre fortes, de uma entrevista que fiz com ela e outras feministas no bar onde esse grupo de amigos sempre se encontrava/encontra aqui em SP, das trocas de ideias. Vange era foda. Guardava em si uma energia e uma lucidez que ecoavam e reverberam em quem estivesse perto. Ou melhor, ainda ecoa e reverbera, não fosse isso nem estaria escrevendo esse texto aqui.

Todo mundo aprendia e ainda tem a aprender com Vange. Como militante LGBT, ela ouvia a todos e processava as informações ao seu redor da maneira mais “comunista” possível: traduzia todo seu arsenal de conhecimento, o que não era pouco, em palavras muito bem articuladas para o entendimento comum. Escreveu peças, entre elas, As Sereias de Rive Gauche, um clássico da narrativa lésbica. Novas gerações de meninas deviam procurar, ler, entender onde tudo começou.

E bem, como amiga de quem amigo quisesse ser, ela era sempre essa coisa imensamente generosa. Aliás, generosa, taí uma palavra que explica bem Vange Leonel.

Brinquei um dia que quando tivesse dinheiro eu podia pagar pra que ela tivesse uma coluna aqui nesse blog, porque eu sentia falta dela escrevendo, daqueles tempos em que, sem saber, ela ajudava tanta menina a entender que elas não estavam sós.

Hoje, Vange, preciso dizer que é você quem não está só. Estamxs juntxs. Em algum lugar para sempre fixo em nossos corações e mentes. Obrigada por tudo.

E para Cilmara, como bem citou o amigo Pedro Alexandre Sanches, “todo amor que houver nessa vida”.

ps.: A foto acima foi uma que tirei dela, de costas, no Carnaval deste ano. Esse coração colorido que ela continua sendo.

O Cornetto, sim, o sorvete, está patrocinando uma série de curtas-metragens sobre essa coisa mucho-loca-pero-increíble de se apaixonar. E aí que fizeram esse filminho aqui mega blaster fofo narrado pela Lily Allen (que faz uma ponta também no curta) sobre a improvável história de amor entre uma boleira e uma tenista famosa e gata chamada Maria (mas não é a Sharapova gente, calma). Enfim, o filme está em inglês, mas mesmo pra quem não entende a língua fica bem fácil saber o que se passa em cena. Vejam que lindeza: