Pelas minhas contas, já se passaram várias semanas desde que Alex Danvers e Maggie Sawyer começaram a namorar em uma série de super-herói na TV aberta. E somente o fato de ambas estarem vivas e felizes e fazendo piadas do tipo “na minha casa ou na sua?” é prova suficiente pra vocês chamarem a equipe do Guinness Book: um recorde está sendo quebrado! Isso pra dizer que, sim, sei que as interações entre Alex e Maggie foram menores neste episódio que nos episódios passados, mas é absolutamente natural que isso aconteça, afinal de contas, a série em questão AINDA se chama Supergirl, e não Sanvers.
Tendo isso dito, aqui vai um top 5 dos melhores e piores momentos do episódio 2×10 Supergirl: We Can Be Heroes (com direito a possíveis #spoilers do episódio 2×11 no fim do texto).
Antes, um resumo breve do que se passou nesse episódio: Livewire, uma das principais vilãs da primeira temporada, saiu da prisão e Kara/Supergirl está indócil porque sua nêmesis está solta no mundo. Em linhas breves, o que acontece é que os machos metidos a heróis na série – James/Guardian, Mon-El e Winn – acham em algum momento que conseguem dar conta de pegar Livewire sozinhos, quando, claro, apenas Supergirl será capaz de encarar esse problema.
Vamos então aos Melhores Momentos desse episódio:
5 – Alex em Minuto de Sabedoria
A personagem de Alex Danvers, graças fundamentalmente a atriz Chyler Leigh, é a epítome de tudo aquilo que, desde Dana Scully, eu espero para papeis de mulheres que são simultaneamente badass, super inteligentes e emocionalmente confusas (é o combo perfeito!). E é muito incrível ver Alex agora num momento em que finalmente ela está segura de si mesma a ponto de acolher a confusão dos outros e receitar conselhos que partem de experiências próprias sobre erros que ela mesma cometeu no passado. A conversa entre ela e J’onn sobre perdoar a si mesmo para conseguir perdoar os outros vem desse lugar. Sem contar que apenas AMO essa relação meio pai-e-filha entre esses dois personagens.
4 – Sorvete vegano (ou de como essa piada FOI ENCOMENDADA PARA AS FANFICS):
No começo e no fim do episódio, Maggie faz apostas com Alex. Nas duas apostas, se Maggie ganha, Alex vai passar a noite na casa da policial provando sorvete vegano (“nojento”, reclama Alex). Se Alex ganha, Maggie vai dormir na casa da agente do DEO. Acontece no fim das contas que Maggie ganha a segunda aposta (que aparentemente foi pelo fato de que Supergirl deixou Livewire escapar propositalmente) e agora tem 30 milhões de fanfics jogando esse sorvete, CLARO, em contextos proibidos para menores de 18 anos.
3 – Alex redefine o conceito de contagem regressiva
Ok, não teve beijo nesse episódio, mas teve algo quase tão bom quanto: Alex matando a tiro todas as shippers com uma contagem regressiva que, sério, é como se fosse uma cena de sexo inteira:

I’m too sexy for my love
2 – A santíssima trindade de Supergirl:
Minhas três mulheres favoritas na TV neste momento. #WallpaperFeelings
1 – Livewire, my girl
Desculpem, mas o melhor momento do episódio vai ter que ser entregue à vilã da trama desta vez. Eu já tava irritada com toda essa atenção que o episódio estava dando a Mon-El e a James/Guardian, como se já não houvesse séries de super-heróis homens suficientes na TV norte-americana!!! Mas aí vem Livewire e diz essa única frase que merece o prêmio de Moldura da Semana:
Tradução livre minha: “Sabe o que eu amo? Esses meninos-mamão que acham que conseguem fazer um trabalho melhor que a MULHER que é, de fato, a super-heroína dessa porra toda”.
Livewire, você ganhou meu coração nessa ❤
Bônus track: o detalhe da cruzadinha sincronizada de pernas entre Alex e Maggie. Namoradas que cruzam as pernas juntas permanecem juntas!
E aqui todas as cenas envolvendo nosso OTP de respeito:
Mas agora vamos a um breve Top 5 dos piores momentos desse episódio (ou de por que uma série sobre empoderamento da mulher pode facilmente cometer os erros de sempre):
5 – O excesso de pancake em Livewire
A sensação que eu sempre tenho com essa maquiagem é que a galera tá usando produto vencido ali.
4 – A não presença de Lena Luthor em mais um episódio
Porque né?
3 – Winn Liar Liar Pants on Fire
Eu curto o personagem de Winn, adoro o fato de ele ser muitas vezes o chamado comic relief da série, mas jogar esse personagem como sombra do Guardian é um equívoco que os roteiristas estão tomando.
2 – Mon-El
Tenho sentimentos conflitantes em relação a esse boy. Me incomoda que ele tenha surgido como um tipo de garoto-problema que vai conquistar o coração de uma Supergirl que, claro, vai tentar “salvá-lo” de alguma forma. Esse roteiro de mulheres se sacrificando em relacionamentos de homens com carinha bonitinha e índole abusiva se repete ad infinitum em Hollywood. Até quando?
1 – A trama James/Guardian
O personagem de James Olsen saiu do posto de interesse romântico de Kara/Supergirl para assumir uma identidade que só depõe contra ele: toda essa construção da persona Guardian nasce não de uma vontade original de James em ser um super-herói, mas da vontade dele de ser “o” herói para a própria Kara. Gente, é o velho roteiro do homem que NÃO CONSEGUE NÃO SER PROTAGONISTA da história. Já deu. James precisa de outra função nessa trama.
SPOILER ALERT da próxima semana:
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Tudo indica que Alex vai se machucar seriamente no próximo episódio e que Maggie vai correr preocupada em direção à namorada e as duas vão terminar se beijando na frente de todo mundo (o ‘outing’ final de Alex, aparentemente).
Quem tem coração pra essa cena?
Tanto amor por essa série e por Sanvers. Eu achei que nada nem ninguém poderiam substituir a saída de Cat (personagem favorita da 1 temporada) da trama, mas sanvers e Lena conseguiram ❤
P.S.: Tenho uma raiva dessa história de James como Guardian, por que eles ainda estão insistindo nisso? Aff
sdds Cat ❤ E Guardian realmente não cola